Irã encerra a cooperação com os inspetores da Agência de Energia Nuclear da ONU
28/06/2025
(Foto: Reprodução) O regime iraniano impediu a instalação de câmeras de vigilância em locais do seu programa nuclear. Também proibiu a entrada do diretor da agência, Rafael Grossi, no território iraniano. Irã cortou cooperação com inspetores da Agência Nuclear
O governo do Irã cortou neste sábado (28) a cooperação com os inspetores da Agência de Energia Nuclear da ONU.
O Irã impediu a instalação de câmeras de vigilância em locais do programa nuclear do país. Também proibiu a entrada do diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, no território iraniano.
Teerã permitia inspeções e monitoramento de vídeo desde 2015. Mesmo depois de 2018, quando o primeiro governo de Donald Trump abandonou o acordo nuclear com o Irã ainda havia cooperação, mesmo com acesso mais restrito.
Só o tempo dirá as consequências desse rompimento agora com a agência da ONU, que desempenha um papel crucial na não proliferação de armas nucleares.
Também neste sábado (28), nas ruas da capital, uma multidão se despediu de 60 pessoas mortas durante o conflito com Israel, entre elas, o chefe das Forças Armadas, do comandante da Guarda Revolucionária e do chefe da Força Aeroespacial. Mais de 600 pessoas morreram no Irã e 28 em Israel.
Irã encerra a cooperação com os inspetores da Agência de Energia Nuclear da ONU
Reprodução/Jornal Nacional
A mídia estatal iraniana informou que o regime teocrático já prendeu 700 pessoas acusadas de colaborar com Israel. Pelo menos 6 foram executadas.
Mais cedo, sirenes tocaram no sul do território israelense depois que o exército identificou o lançamento de um míssil vindo do Iêmen em direção ao país. Alinhados com o Irã, os rebeldes Houthis assumiram a responsabilidade. Israel diz que o míssil foi interceptado.
Na noite de sábado, em Tel-Aviv, milhares de israelenses protestaram contra o governo de Benjamin Netanyahu. Parentes pediram a volta dos reféns que ainda estão em poder do grupo terrorista Hamas e o fim da guerra.
Bombardeios israelenses deixaram 72 mortos em Gaza na madrugada deste sábado, entre eles um fundador do Hamas acusado de envolvimento nos atentados de outubro de 2023.
