Justiça solta delegado do AM e vereadora alvos da PF por sequestro e tortura de homem

  • 24/05/2025
(Foto: Reprodução)
Juíza manteve presos os policiais Álvaro Tiburcio Steinheuser, Edmilton Freire dos Santos, Jan Elber Dantas Ferreira e o empresário Lidivan dos Santos Reis. Empresário Matheus Possebon teve prisão revogada sob o argumento de estava no Rio Grande do Sul no dia do crime. Delegado da Polícia Civil do Amazonas, Adriano Félix Claudino da Silva, e a vereadora Adriana Souza dos Santos, de Caracaraí Reprodução A Justiça concedeu liberdade ao delegado da Polícia Civil do Amazonas, Adriano Félix Claudino da Silva, e à vereadora Adriana Souza dos Santos, em decisão nessa sexta-feira (23). Investigados pela Polícia Federal por suspeita sequestro e tortura de um homem em Roraima, eles tinham sido presos na Operação Jeremias 22:17. ✅ Receba as notícias do g1 Roraima no WhatsApp Na mesma decisão, foi mantida a prisão dos policiais civis do Amazonas Álvaro Tiburcio Steinheuser e Edmilton Freire dos Santos, do policial militar de Roraima Jan Elber Dantas Ferreira e do empresário Lidivan dos Santos Reis. Todos foram alvos da mesma operação. A decisão é da juíza Noêmia Cardoso Leite de Sousa, da Vara Criminal de Caracaraí, no interior de Roraima. A reportagem tenta localizar a defesa dos investigados que foram mantidos presos. O sequestro e tortura investigado pela PF ocorreu em fevereiro de 2023, no município de Caracaraí, no Sul de Roraima. A ideia, segundo a PF, era roubar uma carga de cassiterita extraída ilegalmente da Terra Indígena Yanomami. Seguem presos: Álvaro Tiburcio Steinheuser e Edmilton Freire dos Santos (da Polícia Civil do AM); Jan Elber Dantas Ferreira (da PM de RR), e o empresário Lidivan Reis Reprodução Empresário reverte mandado de prisão Em outra decisão, o empresário do ramo artístico musical, Matheus Possebon, que também havia sido procurado pela PF, apresentou provas à Justiça de que não estava em Roraima no dia do sequestro e teve o mandado de prisão revogado - ele não chegou a ser preso na operação. Defesa do empresário Matheus Possebon conseguiu revogar mandado de prisão Reprodução "Verifico que a defesa técnica do investigado apresentou documentos e vídeos, com autenticidade atestada por ata notarial, que indicam que, na data dos fatos (08/02/2023), o investigado estaria nas cidades de Xangri-Lá (RS) e Porto Alegre (RS), distante do local dos fatos, o que, em tese, contrapõe-se à narrativa constante nos autos, especialmente àquela prestada pela vítima", cita trecho da decisão também assinada pela magistrada. Em nota, o advogado Fábio Tofic Simantob, que atua na defesa de Possebon, disse que a "revogação da prisão representa um passo importante na busca por Justiça e na garantia dos direitos de todos os envolvidos." Possebon é investigado pela PF em outro inquérito que apura lavagem dinheiro de mineradora suspeita de atuar com garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Medidas cautelares ao delegado e à vereadora Ao revogar a prisão temporária do delegado do Amazonas e da vereadora de Caracaraí, que é escrivã da Polícia Civil de Roraima, a juíza suspendeu o exercício das funções públicas que atualmente ocupam — Adriano, como delegado de Polícia Civil do Amazonas, e Adriana, como escrivã. Além disso, os dois terão de cumprir medidas cautelares como comparecimento periódico em juízo e proibição de manter contato, por qualquer meio, e de se aproximar das partes, testemunhas e demais envolvidos no processo. As investigações apontam que todos os envolvidos formaram um grupo criminoso para escoltar cargas de minérios extraídos ilegalmente da Terra Indígena Yanomami, prestar serviços de segurança de forma clandestina e apurar a ocorrência de roubos de cargas de forma paralela à atuação estatal. De acordo com a PF, na busca de um suposto roubo de cassiterita, os policiais do Amazonas sequestraram e torturam o homem em Roraima para que ele indicasse o destino da carga. As investigações apontam a participação de policiais de Roraima em apoio aos do Amazonas. Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

FONTE: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2025/05/24/justica-solta-delegado-do-am-e-vereadora-alvos-da-pf-por-sequestro-e-tortura-de-homem.ghtml


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